x_3cc34812

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Máscaras

  MÁSCARAS

                           

            



 O  estágio evolutivo em  que se encontra a  humanidade, o da civilização,  mostra que, no processo,  o regime da força,  dos instintos animalescos,  foi substituído pelo  da astúcia. Procura-se  a vitória utilizando-se  máscaras, que escondem  a verdadeira personalidade  do seu usuário. Assim  se porta a maioria  da nossa sociedade e  o exemplo mais enfático  é o da nossa classe  política. Com honrosas  exceções, o que se  esconde por trás da  beleza das máscaras  com que se apresentam  os nossos políticos? 

A  arte de se mascarar,  historicamente marcante no  carnaval de Veneza,  pode ser tomado como  emblema para a astúcia  do atual estágio evoluti-vo  do  homem civilizado.  A máscara tem sido  a sua principal arma  para conquista de seus  objetivos, nem sempre  confessáveis. Na sociedade  tem sido apenas uma  arma  para esconder  fragilidades de personalida-des.  A evolução, através  da espiritualização, vai  nos  mostrar por  inteiro, como de fato  somos.                                                              
J. Meirelles
 


Admiremos  a beleza das mascaras  e das vestes dos  mascarados de Veneza,  uma verdadeira arte,  e meditemos sobre o  texto  que, no  campo romântico, mostra-nos  como é difícil deixar  de usar a máscara.


Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.


Fácil é ditar regras. 
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés
de ter noção das vidas dos outros.


Fácil é perguntar o que deseja saber.. 
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.


Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. 
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.


Fácil é dar um beijo. 
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.


Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. 
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.


Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. 
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.


Fácil é ver o que queremos enxergar. 
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. 
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.


Fácil é sonhar todas as noites. 
Difícil é lutar por um sonho.


Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. 
Difícil é mentir para o nosso coração.


Fácil é dizer "oi" ou “como vai”? 
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...


Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. 
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.


Fácil é querer ser amado. 
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.



Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.


Falar  é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.


Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação. 
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.


Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. 
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Autor desconhecido

Nenhum comentário:

Postar um comentário