Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil no Congo Belga, para que Pelé e o time do Santos transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.[18]
Atuou como goleiro por quatro vezes, todas pelo Santos. Nas quatro oportunidades, somou 54 minutos atuando debaixo das traves e não levou nenhum gol.[19]
Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa,[20] sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil.
Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998; nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.
Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona. Em 3 de março de 2004, junto a FIFA, Pelé elaborou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos, denominada FIFA 100. Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.
Camisa 10
Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.[21]Gol de placa
O termo "gol de placa" surgiu por conta de um gol marcado por Pelé no Torneio Rio-São Paulo. O jogo em que Pelé marcou o primeiro gol de placa da história ocorreu em um dia 5 de março na partida Fluminense 1 x 3 Santos, válido pelo Torneio Rio-São Paulo de 1961. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo e foi o segundo de Pelé no jogo (Pepe completou para os santistas e Jaburu descontou para o Fluminense).Após driblar vários adversários vindo do meio-de-campo com a bola dominada, Pelé venceu o então goleiro Castilho fazendo com que o Maracanã e o jornalista Joelmir Beting explodissem em euforia. O jornalista, empolgado com o fantástico gol que havia visto, disse que tal gol merecia uma placa tamanha sua beleza. Assim, uma placa de bronze foi feita e colocada na entrada do Maracanã onde permanece até hoje. Desde então, todos os gols marcados com rara beleza são intitulados "gols de placa".
Clubes
- Santos
- 1956–1974
- Estreia: Santos 7 - 1 Corinthians de Santo André, em 7 de Julho de 1956. (primeiro gol de Pelé, sexto do Santos na partida).[22]
- Última partida: Santos 2 - 0 Ponte Preta, 2 de Outubro de 1974.
- New York Cosmos
- 1975–1977
- Última partida: New York Cosmos 2 - 1 Santos, no Giants Stadium (Nova Iorque), em 1 de Outubro de 1977. Pelé atuou um tempo por cada equipe e marcou o primeiro gol da equipe estadunidense cobrando falta.
Seleção brasileira
- Estreia: convocado pela primeira vez pelo técnico Sílvio Pirilo depois de brilhantes partidas no Maracanã, na qual atuou em um combinado do Santos e Vasco da Gama (fonte: página oficial do Vasco na internet, acessada em 25 de março de 2008). Derrota de 1 a 2 para a Argentina em 1957, pela Copa Rocca. Gol dele.
- Copa de 1958: convocado com 17 anos, se machucou na véspera da competição, mas Paulo Machado de Carvalho resolveu levá-lo assim mesmo. Estreou no terceiro e decisivo jogo do Brasil, juntamente com Zito e Garrincha. Ele não marcou, mas o Brasil venceu por 2x0 a URSS. Nessa copa Pelé foi chamado pelos franceses de "Rei do Futebol", dando início a uma verdadeira lenda internacional, tornando-se uma das personalidades mais conhecidas do mundo durante o século XX.
- Copa de 1962: Pelé se machucou na virilha, no segundo jogo do Brasil. No primeiro ele havia feito um gol. Não jogou mais aquela competição.
- Copa de 1966: Pelé foi caçado em campo pelos adversários, que usavam do chamado "Futebol Força" para surpreender o Brasil. Jogou apenas duas das três partidas que o Brasil disputou naquela Copa. Fez sua última partida com Garrincha, na vitória de 2x0 sobre a Bulgária. Juntos, os dois astros nunca perderam uma partida de futebol pela seleção.
- Copa de 1970: Ameaçado de ficar no banco de reservas, quando Zagallo assumiu a seleção, Pelé jogou tudo que sabia e comandou o Brasil na sua mais impressionante campanha em Copas, ganhando definitivamente a Taça Jules Rimet.
- Despedida: Maracanã, dia 18 de julho de 1971, com público de 138.575 pagantes. Brasil 2 a 2 Iugoslávia.
Despedidas
Além da Seleção Brasileira, Pelé se despediu como jogador do Santos em 1974 (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta) e do New York Cosmos (1977, jogando um tempo em cada equipe, marcando um gol pelo time nova-iorquino que venceu o Santos por 2 - 1). Na festa estadunidense, com direito a participação de Muhammad Ali, Pelé daria seu grito repetido por milhares de pessoas: "Love! Love!".Seria a estrela de partidas de despedida de outros astros, como Garrincha em 1973 (fez um gol pela Seleção Brasileira, driblando toda a defesa adversária formada por estrangeiros que atuavam no Brasil); e da de Beckenbauer em 1982, quando fez seu último gol. Carlos Alberto Torres reclamou que Pelé não participou da sua despedida. Tanto Beckenbauer como Carlos Alberto, foram seus companheiros no Cosmos.
Estatísticas
Os números acerca da carreira de Pelé podem variar conforme a contabilização ou não de determinadas partidas e gols. Segundo a contagem que considera partidas oficiais e não-oficiais, Pelé teria realizado 1367 partidas, nas quais teria marcado 1282 gols, o que lhe renderia uma média de 0,94 gols por jogo. No entanto, se forem levadas em conta as estatísticas apenas em partidas oficiais (nas primeiras divisões dos torneios: Campeonato Paulista, Torneio Rio-São Paulo, Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Campeonato Brasileiro, Taça Brasil, Copa Libertadores, Copa Intercontinental, North American Soccer League e partidas oficiais pela Seleção Brasileira de Futebol), Pelé teria realizado 812 partidas oficiais, nas quais assinalou 757 gols, o que pouco modificaria sua média (0,93 gols por jogo). Tendo realizado 115 partidas pela seleção nacional (92 das quais oficiais), marcou 95 gols (77 oficiais), sendo o maior artilheiro da história desta equipe.Tanto considerando os jogos oficiais e ainda os extraoficiais, o ano em que Pelé obteve a melhor média de gols por jogo por um único time foi em 1961: no primeiro caso, fez 62 gols em 38 jogos, tendo uma média de 1,63 gol/jogo; já no segundo caso, com 110 gols em 74 jogos, teria uma média de 1,48 gol/jogo. Nas estatísticas oficiais, a temporada em que Pelé mais balançou as redes pelo Santos foi o ano de 1958, quando anotou 66 tentos. O alemão Gerd Müller quebrou seu recorde na temporada 1972/1973, por apenas um gol, pelo Bayern de Munique; o recorde atual de mais gols em uma única temporada por uma única equipe pertence ao argentino Lionel Messi, que marcou 72 vezes na temporada 2011/2012, pelo FC Barcelona. [23] Considerando também os jogos da seleção brasileira, em 1958, Pelé anotou 75 gols (66 pelo Santos e 9 pela seleção) nas 53 partidas que disputou, na contagem oficial.
Em 21 de novembro de 1964, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Paulista, na partida Santos 11 x 0 Botafogo-SP, Pelé marcou 8 vezes, seu recorde pessoal de gols em uma mesma partida. Considerando as partidas não-oficiais, Pelé teria ultrapassado a marca de 100 gols em uma única temporada duas vezes, em 1959 e 1961, além de ter marcado 97 vezes em 1965. No âmbito mundial, também detém os recordes de: mais jovem artilheiro do Campeonato Paulista, em 1957 (17 anos); mais jovem campeão da Copa do Mundo FIFA, em 1958 (17 anos); mais jovem bicampeão da Copa do Mundo, em 1962 (21 anos); único jogador tricampeão da Copa do Mundo, em 1958, 1962 e 1970; único jogador a marcar gols em quatro Copas do Mundo, em 1958 (6 gols), 1962 (1 gol), 1966 (1 gol) e 1970 (4 gols); maior artilheiro em uma única edição de Campeonato Paulista, em 1958 (58 gols); maior número de temporadas como artilheiro do Campeonato Paulista, em 11 temporadas (1957, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968 e 1973); mais gols na história do Torneio Rio-São Paulo, com 49 gols marcados e o maior artilheiro da história da Copa Intercontinental, com 7 gols.
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